05 March 2017

Aproveitem!

      Boa noite caros e caras, como vão todos?

      Estou bem, numa preguiça absurda! Está uma bela noite de sábado chuvosa, seria uma noite perfeita para ficar deitada na cama vendo seriado (ah! o popcorn time voltou a funcionar, agora conseguirei voltar a assistir TWD), mas decidi vir escrever um pouco. Aliás, as coisas que mais gosto de fazer são cozinhar, ler/escrever e ver seriados - detalhes. Meus caros, passei um carnaval bem tranquilo, visitei uma amiga, conversamos bastante e fomos ver o carnaval de rua, na cidade dela ainda tem carnaval de rua de verdade com famílias, pessoas decentes, casais e afins, foi bem gostoso! Conheci um pessoal legal, pessoas com pensamentos diferentes e vidas bem diferentes, mas faz parte. 
      Conheci um rapaz em especial, o P (o nome dele não começa com P, mas o chamarei assim por conta da fantasia que ele estava, aliás, foi por conta da fantasia dele que começamos a conversar). Nos conhecemos quando eu e a J estávamos saindo do bloco, era super cedo, perto da meia noite, havíamos passado só pra ver como estava o movimento, e eu o vi e dei risada da fantasia dele, não o ridicularizando, mas por ter achado graça. Eu ri, ele olhou pra mim e puxou papo, e aí foi... Conversamos, trocamos telefone, e afins. Estamos nos falando sem parar até hoje, e nos conhecemos domingo. Acho que conhecer esse rapaz foi uma das melhores coisas que aconteceu durante meu carnaval. Voltei pra casa ardendo em febre na terça-feira, e não, eu não bebi, não me droguei, não beijei mil caras, dei azar mesmo. Na quarta fui parar no hospital de tão mal que estava, minha febre estava altíssima, chorava de tanta dor no corpo que sentia, fiquei dois dias sem comer, enfim, tava no bico do corvo. Minha mãe me levou ao hospital e ela e minha irmã ficaram comigo, foi algo extremamente importante para mim, e eu falei pra ele que estava indo ao hospital (ele havia pedido uma foto dos meus cabelos pós pintura, sim eu pintei, e eu disse que não tinha como pois estava muito ruim), e ele foi um amor comigo! Ao longo do dia me deu apoio moral, se preocupou comigo e até me fez rir, realmente foi fascinante, ele poderia simplesmente ter ignorado, mas mesmo de longe se fez presente. Conforme os dias foram passando o papo continuou, ele sempre adorável, perguntando se eu estava melhor e sendo gentil, e assim fomos abrindo um pouco da vida para outro, falamos sobre família (gente! ele tem a irmã mais gostosa do mundo! uma baby de 1 ano com as bochechas mais deliciosas que existe!), de relacionamentos e amizade. Descobri que ele é super amigo da ex dele, a L, e ela é o motivo principal desse artigo. 
       Sim, uma ex virou motivo para um artigo. Bem, ele claramente é apaixonado ainda por essa menina, é até bonito de se ver. Ambos são amigos, continuaram amigos depois que ei relacionamento acabou. Eu, particularmente, sou contra amizade com ex. Acredito que a vida segue uma vez que o namoro termina, se a pessoa não conseguiu permanecer em sua vida durante o relacionamento é pelo simples fato que ela pertence ao seu meio, não faz sentido manter um ex por perto uma vez que o namoro acaba - a não ser que você ainda tenha sentimentos pela pessoa, daí é outro departamento, aliás, acho que é a única justificativa plausível para manter um ex por perto. Eu abri esse ponto de vista para o P, e ele discordou, e vejam só! Não virou briga, nem nada, de fato eu mudei galera! Se fosse um mês e meio atrás eu teria brigado, sido inflexível e tudo mais, hoje eu apenas tentei entender o ponto de vista dele, e uma parte minha até aceitou. Me surpreendi comigo mesma, um rapaz pelo qual eu teria certo interesse, que teve um começo de alguma coisa, eu aceitei um ponto de vista e um posicionamento diferente do que estou acostumada, sem ser autoritária, sem nada, apenas deixei fluir (palmas para mim, por aprender a ser flexível, haha). E aceitei tranquilamente até, expus minha forma de pensar, e creio que ele também aceitou. Ambos aceitaram que pensamos diferente, e a vida seguiu. 
       Conversa vai, conversa vem, descobri que de certa forma ele ainda é apaixonado pela L, e isso não me magoou, afinal, não temos nada, aliás, temos um futuro e possibilidades a nossa frente, mas atualmente não existe nada entre nós. Temos umas conversas legais, desabafos e conselhos legais também, mas é só. Diz ele que tem afeto por ela, mas é claro como a luz do sol que ele ainda a ama. E isso é bonitinho. Eles se vêem regularmente, mas sem se 'pegar', em um sentido mais amical/fraternal. Sei que ele tem esperanças de voltarem, mas de acordo com ele, ela quem não quer por medo de relacionamentos - isso é meio comum né? Ela não quer voltar, mas o quer por perto, e por ora ele se contenta com isso. Apesar dele gostar dela, a vida dele seguiu, ele fica com outras meninas, e está aberto a novas pessoas na vida dele; o P não está preso a L, por mais que ele deseje ficar com ela, por mais que ele deseje um relacionamento sério com ela, ele tem tocado a própria vida. Talvez ela ache que ele nunca deixará de ser apaixonado por ela, e que os sentimentos que ele sente estarão sempre seguros, porém, isso não é verdade. 
      Um dia o P pode conhecer alguém legal, alguém por quem ele vai se apaixonar, e 'esquecer' da L, ver que por ora ela quer curtir a vida, estar sozinha, aproveitar contatinhos e pegações de uma noite só. Já ele quer algo sério, sólido, uma pessoa pra estar junto. Ele entendeu que dá pra equilibrar a vida estando em um relacionamento sério, namorada, amigos, tempo só pra ele, mas ela ainda não. E isso é algo que me dói ver. Um casal que tudo tem pra dar certo, mas que por bobeira de uma das partes não dá. Por causa do medo de um, do orgulho de um, por causa do erro de outro, ou por uma falta de maturidade o relacionamento acaba. Tenho vontade de pegar essas pessoas (e eu me incluo nelas em alguns momentos) e dar uns bons tabefes. Tenho vontade de falar "L, ele te ama menina! Larga mão do seu medo besta de estar em um relacionamento, e aproveita esse cara fantástico que está ao seu lado, ele pode ter cometido erros no passado, mas sabe, conversa com ele, tenho certeza que ele estaria disposto a começar do zero com você e tentar reparar aquilo que não deu certo. Sei que se vocês conversarem sobre o que fez o namoro acabar, vocês vão se entender e com pequenos ajustes, vocês serão o casal mais feliz do mundo. Gata, ele fez um bouquet de flores de origami pra você e andou 3km pra te entregar!!! Você tem noção de como são raros os caras que fazem isso por uma menina? Que dão flores, que andam para te ver, ou que fazem qualquer gesto pra te agradar? Sou mais velha que você, então posso dizer o quão raros eles são. E, conselho do meu coração pro seu, quando um rapaz te oferecer flores, guarde esse cara pra você pra sempre! Não deixe ele escapar, você vai se arrepender grandemente. Aproveita L enquanto ele ainda te ama, pois amanhã ele pode encontrar outra pessoa.". Nossa! Ficou um pouco grande o que eu diria pra L se pudesse, mas disse só a verdade. Hoje, o P está encantado por mim, conversamos bastante, trocamos várias ideias legais, e achamos estranho quando tocamos no assunto de ex, mas ainda é recente, então não ligo muito pra isso (francamente, que bela evolução essa minha, ainda me surpreendo, pois quem me conhece há um tempinho maior do que um mês atrás sabe como minha tolerância para ex de peguete, rolo, namorado, é zero). Gosto de conversar com o P, ele é legal comigo, e vamos ver no que da, sem maiores expectativas, acho que estava vivendo a vida de forma intensa ao extremo, e isso atrapalhou um bocado, foi bom pois agora aprendi a viver mais leve. 
       Deixando de divagar, voltando ao P e a L... Bem, hoje o P está encantado por mim, sou algo novo na vida dele, mas sei que ele ama a L - e eu não tenho a meeenor pretensão de mudar isso, já falei algumas vezes pro P sobre o quanto torço para eles voltarem. E acho que as pessoas deveriam ficar com quem elas amam, com quem gostam de verdade, não com o encanto do momento, e muito menos desistir de um namoro pois um obstáculo maior surgiu, ou algumas brigas se tornaram mais frequentes - galera, a fase de briga passa, dura um tempo mais passa. Dá medo, claro que dá, eu também sinto medo de namoro sério (tenho medo de perder minha identidade - se adaptar a pessoa e ceder/mudar em alguns aspectos é necessário e bem diferente de se despersonalizar, tenho medo de não ser aceita pela família/amigos do cara, tenho medo de sofrer, entre outros), mas ainda acho que vale a pena engolir o medo, ou trabalhar o medo juntamente com a pessoa ao seu lado. Talvez você tenha terminado com a pessoa que estava ao seu lado, talvez você ache que ela sempre estará lá, mas, e se quando você perceber o quanto gosta dessa pessoa ela já estiver com outro? E aí? Como seu coração ficará? Hoje, o P está apaixonado pela L, mas ainda assim aberto caso alguém novo surja em sua vida, e isso quer dizer que ele está começando a se cansar de sofrer pela espera. E com todos é assim, todos temos nosso 'tempo de espera' e ele tem uma data de validade. 
       Eu tenho o meu tempo de espera, para cada caso é um tempo diferente mas ele também tem sua data de validade. Durante esse tempo espero mais que tudo uma mensagem da pessoa, uma mensagem dela me chamando pra conversar, dela dizendo que sente minha falta, ou algo bobo como 'cortou os cabelos', mensagens belezinhas. Essas mensagens derreteriam meu coração, colocariam um sorriso no meu coração, e por mais que o tempo estivesse acabando, o relógio resetaria e voltaria para o início. Mensagens com teores sexuais, ou insensíveis me doem por dentro, me vejo como um objeto e me sinto uma idiota por esperar, e por mais que goste da pessoa e que gostaria de dar uma abertura para uma conversa, ou um sim para o teor mais sexual, eu acabo me fechando. Faço isso pois, por mais que goste, por mais que eu aceitasse ou que eu quisesse fazer algo extra com a pessoa, acredito que não é assim que duas pessoas que se gostam deveriam voltar a se falar, creio que deva ser algo mais tranquilo. Meus leitores amados, se vocês tem alguém assim na vida de vocês, alguém que gosta de vocês, e que vocês já gostaram ou ainda gostam de certa forma, aproveitem! Isso é raro, é bonito, é especial! Porém, se por algum acaso vocês não sentem isso pela pessoa, por favor, libertem-a, por compaixão, é a coisa mais correta e humana que vocês podem fazer. É provável que a pessoa liberta sofra por um curto período, mas depois ela será livre pra seguir com a própria vida. Agora, se a ideia de perder essa pessoa (gente, usei bastante a palavra pessoa nesse artigo não? melhorarei isso no próximo, prometo!)  não te agrada, então, faça algo para que essa perda não aconteça!

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