29 December 2010

Roupas

Você ja escreveu ou disse algo levado pela emoção? Eu ja!
Acho que a maioria de nos ja fez isso, eu confesso que ja fiz, uma prova disso foi meu ultimo artigo. Ele foi escrito num momento muito emotivo de meu dia. Não vou entrar em detalhes, mas posso dizer que estava com alguns problemas e preocupações, sentia o peso do mundo nas minhas costas. E li uma coisa que não me agradou, devo dizer que naquele momento me senti mal, muito mal. Dei mais valor para uma pequena coisa do que aquilo realmente tinha, digamos que foi a gota d'agua que faltava para meu copo transbordar. E nisso falei - na verdade escrevi - coisas que não devia.
Palavras sem sentido, afinal pessoas não são como roupas, que podemos trocar a hora que queremos.
Pessoas são seres que entram em nossas vidas por que queremos que elas façam parte dela, e por que achamos que elas possam agregar coisas a nossa vivência. Então não tem como eu ter sido trocada por ninguém, correto?
Devemos pensar duas vezes antes de escrever algo, apesar da escrita ser minha válvula de escape, sempre é bom refletir e escrever com a mente fria, pois as palavras escritas podem machucar a quem lê o texto. E isso não é legal, machucar pessoas que gostamos nunca é bom.
Afinal, quando temos alguém que gostamos em nossas vidas a ultima coisa que queremos é ferir essa pessoa.
Por isso digo e repito, pessoas que entram nas nossas vidas, raramente saem dela. E sabe porque digo isso? Pois nos não escolhemos pai e nem mãe, e são pessoas de extrema importância em nossas vida, e se nos escolhemos as amizades, pois quando temos uma amiga que dizemos que é a irmã que escolhemos é porque decidimos que aquela amizade é a melhor escolha que fizemos, não faz sentido querer trocar isso, certo?
Okay isso ficou confuso, mas eu sei que quem deve entender isso, vai entender.
Refleti muito sobre o que escrevi, e vi que muita coisa estava errada. Para não dizer que tudo estava errado. Mas não vou apagar esse texto, afinal, aprendi com meu erro, e a graça da vida esta em aprendermos com nossos erros e procurarmos não errar mais.
Eu vou ter que aprender a conviver com meu ciúmes, e a mensurar as palavras a serem escritas.

23 December 2010

Jardim

Você ja se sentiu trocada? 
Eu ja, e isso não é legal. Senti isso de uma pessoa que eu gosto muito, alguém por quem eu me preocupo bastante e eu gosto bastante. Fiz algo procurando agradar essa pessoa, e descobri que cheguei muito tarde. Outra pessoa ja tinha feito por mim. E isso foi frustrante. 
Parece que não ha mais espaço para mim junto a rotina dessa pessoa. O que é bem triste, pois sempre haverá espaço na minha rotina para ela.
Gostaria de saber onde foi que eu errei?!
Eu sei que houve uma época em que eu não agia da maneira usual, mas pedi desculpas, e tentei explicar o que aconteceu, e estou tentando voltar a agir normalmente, mas ainda sim, parece que não sou boa o suficiente.
Sera que foi a distância ? Talvez a inteligência? Talvez gostos? Ou a simpatia...
Não sei, realmente não sei... 
Gostaria de ter sido avisada, e não trocada. Gostaria que tivessem sentado e conversado.
Queria ter entendido. 
E queria saber como fui deixar isso acontecer.
Isso me magoou muito. Não foi legal.
As coisas estão diferentes, parece que nada é como antes. Desde que a "troca" chegou, ja não existe mais conversa comigo, não existem mais telefonemas, nem mensagens, não tem mais longas conversas no msn. Parece que tudo vai para a "troca".
E aqui estou eu. Mais uma vez, desabafando pela escrita.
Okay, esse artigo sucks eu sei, mas foi escrito no meio de uma grande tempestade emocional.
E agora estou melhor. Confesso que ainda me sinto mal, me sinto magoada, abandonada quase traida.
Mas agora estou mais calma,  mais contida e pensando direito.
E espero estar errada. 
Mas agora sei que a amizade é uma via de duas mãos, e que precisa ser cultivada como se fosse um jardim, devemos cuidar de nossas flores,para que suas pétalas não murchem.

17 December 2010

Fascinação

Outro dia eu disse que gostava de pessoa x racionalmente e de pessoa y emocionalmente. Porém, me peguei pensando sobre o que é gostar de alguém racionalmente e emocionalmente. Afinal, razão e emoção não andam juntas. 
E, vamos combinar que é impossivel gostar de duas pessoas ao mesmo tempo. Ou você gosta de um, ou de outro.
Lógico que podemos sentir atração por mais de uma pessoa ao mesmo tempo, mas o nosso coração so bate mais forte por uma pessoa. Muitas vezes nos iludimos e achamos que gostamos de fulano, quando na verdade gostamos de ciclano. 
Arrisco dizer que a maioria das vezes, quando dizemos gostar de alguém, na verdade sentimos apenas uma fascinação pela pessoa. Muitas vezes o que sentimos é apenas atração física, é pura química! E sera que isso é legal?  - nem sempre!
Para algo rápido, se uma noite, ou no máximo uma semana. Se é isso que você procura, excelente! Divirta-se. Escolha alguém com quem você tenha uma química incomparável, e seja feliz.
Mas, se você quiser algo sério, escolha alguém com quem você possa conversar, alguém cuja companhia te agrade, que a aparência lhe seja agradável aos olhos e principalmente, que seu coração sorria ao vê-lo. Alguém que te surpreenda, e que te faça rir e que saiba como te animar.
Não precisa ser necessariamente alguém como você, mas sim alguém que te complete.
E quando você se sentir totalmente a vontade e livre, essa é a pessoa de quem você gosta.
Gostar não é algo racional ou emocional, e sim sentimental.
Não existe apenas razão ou emoção em sentimentos.
Existe aquilo que você sente e demonstra.
claro que ha uma certa ausência de racionalidade em sentimentos e uma superioridade de emoções, mas ninguém é acéfalo o suficiente para se deixar levar por suas emoções o tempo todo.















13 December 2010

Ponto

Essa semana um amigo meu me abraçou, e abraçou com gosto, apesar de que eu sou um pouco suspeita para falar de abraços, pois eu adoro abraçar!
E durante o abraço ele me disse que eu era magrinha, e eu contestei. E ele insistiu nessa ideia, disse até que o braço dava duas voltas em mim. E eu continuei contrariando.
Porém, o mais contraditório é que alguns meses atras eu tudo daria para ouvir algo desse tipo.
Eu e meus complexos...
Porém, hoje, que consegui ser - supostamente- magra, não aceito elogios ou supostos  elogios. Contudo, ainda não me considero magra. 
Alias, acho que as pessoas não veem seus corpos como os outros os vem.
Com isso fiquei pensando... Muitas vezes nos queremos algo, e nos esforçamos para conseguir aquilo, e quando conseguimos, não estamos satisfeitos. Devo assumir [com muita relutância, porém] que meu corpo não é tão horrível quanto eu penso. Mas o homem [ou a mulher] nunca esta satisfeito com o que tem. E devo levar em consideração, e até mesmo usar do clichê de colocar a culpa na mídia. Não vou colocar toda a culpa na mídia, pois apesar de ela apenas vincular fotos e imagens de garotas magras, cabe a nos julgar o que é melhor para cada um.
Cada individuo tem um tipo de corpo, e nem tudo o que fica bonito na modelo ou atriz que vemos na t.v ou em uma revista, fica bom em nos.
Se a roupa de uma amiga; muitas vezes fica linda nela, e péssima em nos, o que dira das roupas de desfiles de moda ou revistas?!
Nos temos que aprender a nos vestirmos de acordo com nosso corpo, devemos achar nosso próprio estilo. E acima de tudo, gostar de si como é. Não adianta querer ser como outra pessoa, cada um é o que é e ponto!
A beleza da humanidade é a diversidade que reina entre nos.
E se cada um cultivasse, aprimorasse e realçasse a beleza, individualidade e particularidade que cada um tem... Não existiriam mais preconceitos contra nenhum tipo de beleza.
Pense nisso!

07 December 2010

Óbvia

Posso dizer com segurança que eu mais uma vez compliquei o simples.
Até ontem eu tinha certeza dos meus sentimentos. Até que eu vi alguém, nisso meu coração disparou.  Achei aquilo estranho, mas paciência, já me acostumei com isso.
Conversei com uma pessoa com a qual tinha um assunto pendente. Nada foi resolvido. Ficou algo aberto no ar. Ainda ontem, outra pessoa teve uma atitude surpreendente em relação a mim. Admito que gostei do que presenciei, porém tenho minhas dúvidas.
E hoje, vi a mesma pessoa com quem eu conversei ontem. Assumo que um sorrisinho [ ou tentativa de sorrisinho]  surgiu em meus lábios, mas, foi só! 
Uma pseudo nostalgia surgiu em meu peito.
E nada mais.
Isso me confundiu. 
Meu coração devia ter saltado ai ver tal pessoa. Devia ter corrido ao seu encontro e o abraçado como se minha vida dependesse daquilo. E eu não o fiz...
Queria entender o motivo dessa minha atitude...
Okay, está bem óbvia a resposta.
Mas ainda assim... 
Pudera eu entender o que se passa em minha mente. E o que ela quer de mim. 
Muitas vezes parece que ela engana a mim mesma. E não sei o que ela quer com isso, e o que ela quer me ensinar.
Muitas vezes nós mesmos nos complicamos e não entendemos o que nossa mente tem a nos dizer.  E somos nós que não queremos ver!
Agora, estou tentando decifrar o que minha mente tenta me mostrar, e eu não consigo [ ou não quero] ver.

06 December 2010

Ouro

Primeiro ano de faculdade.
Não é nada fácil. Não foi fácil sair de casa, me tornar independente, cuidar da minha própria vida, e ser dona do meu prórpio nariz. Confesso que a princípio foi maravilhoso ter uma liberdade infinita.
Fazer o que queria quando queria. Sair e entrar de casa sem ter que pedir, ou explicar para onde vou,e  por que vou a tal local.
Isso enche os olhos de qualquer jovem de 18 anos. Liberdade total.
Contudo, nem sempre é fácil lidar com essa liberdade. Afinal, em uma faculdade todos tem a mesma faixa etária, e estão vivendo a mesma situação : viver longe dos pais, em plena liberdade.
A vida se torna bem tentadora. Festas, bares, curtiçãos, rapazes, moças.... tudo sem supervisão dos pais. 
É de enlouquecer até mesmo a pessoa mais sensata desse planeta.
É de desestabilisar a pessoa mais estável. 
E confesso que não sou a pessoa mais estável desse mundo. 
Então imagine como foi sair de casa, viver longe dos pais, e do meu porto seguro, durante um ano? Não foi fácil!
Sou muito intensa, e tudo para mim tem grande força. Não consigo sentir algo de leve, tudo o que acontece comigo  é elevado a potência máxima. Praticamente não existem pseudos sentimentos comigo. Ou eu sinto, ou não. Quando estou feliz, estou realmente alegre, e quando estou triste, não tente contar nenhuma piada que não vai funcionar. 
Claro que tenho momentos neutros, mas qualquer brisa transforma um lago em oceano em tempestade.
Uma vez, uma pessoa que é extremamente importante em minha vida, e até mesmo arrisco dizer que essa pessoa é a que melhor me conhece entre todos, mas voltando o que ela me disse...
Essa pessoa definiu meu modo de viver ou pensar... como a simplicidade de viver complicadamente. E eu sou bem assim, se posso complicar, para que facilitar? 
Confesso que nem sempre é fácil ....
Dessa forma eu tive muitos altos e muitos baixos ao longo desse ano. Aprendi que não podemos confiar em todos. Que nem tudo o que reluz é ouro, nem todas as pessoas que parecem ser legais são. 
Aprendi que as pessoas vão me criticar sem ao menos me conhecerem, vão me julgar por uma roupa ou maquiagem que uso.  
Muitos vão me odiar e não vão nem querer tentar me conhecer, outros vão me dar uma oportunidade. 
E sabe qual foi a maior lição que eu tirei essa ano ?
Que eu não devo mudar minha forma de ser para me socializar e ser aceita. Isso é bem clichê, mas é verdade! 
De que adianta ter amigos, que querem mudar seu jeito de ser? Se são seus amigos, é porque eles gostam de você do jeito que você é!
Com suas qualidades e defeitos. Claro que não há mal nenhum em um amigo te dar um toque sobre algo que você faça que te prejudicará, porém, tentar mudar sua forma de agir é outra história...
Aprendi também que eu não preciso ser amiga de todos. Afinal, nem todos são compatíveis comigo, e isso é normal! São as diferenças e fazem a diversidade.
Aprendi a ser fiel a mim mesma. Aprendi que não devo ser tão inocente e boazinha como eu geralmente sou, pois as pessoas vão me usar e quando não precisarem mais de mim vão me largar feito pano velho.
Ainda tenho muito o que aprender. Não aprendi tudo o que devo, aliás acho que ninguém aprende tudo o que deve em uma vida. 
Contudo sei que muito aprenderei com os outros 3 anos de faculdade que me restam...