22 June 2013

Amanhã

    Ouvindo a nova música da Avril Lavigne "Here's to never growing up'  e observando a vida, a minha vida e alguns acontecimentos recentes, e também prestando atenção em algumas outras músicas que eu ouço, comecei a pensar e refletir sobre os ciclos da vida. 
    Tudo começou, na verdade, quando eu percebi que realmente não sou mais uma menina, ou uma adolescente, que comecei a entrar na vida dos adultos, das responsabilidades, do crescimento pessoal, e de alimentar a ideia de construir uma vida. Confesso que senti um aperto estranho no coração, pois isso quer dizer ter mais preocupações, ter uma vida mais séria, e que toda a irresponsabilidade de viver fora de casa, fazer faculdade em outra cidade, ir às festas com os amigos sem se preocupar com o amanhã, deixar para fazer os trabalhos da faculdade sempre na última hora... Ficaram para trás. Ainda não sou adulta, mas não sou mais adolescente. Literalmente estou em fase de transição, e nem sempre é fácil aceitar deixar a adrenalina e emoção dos dias de 15/16/17/18 anos. 
       É tão gostoso ser intenso como se não houvesse outro dia para se viver, como se a paixão da escola fosse durar para sempre. Ah! As paixões dos meus 15/16/17 anos, que delícia eram! Aquele mistério e insegurança ao mesmo tempo! Saber que ele gosta de você, mas não assume o relacionamento, sendo que todo mundo sabe que estão namorando, e ainda assim nenhum dos dois assume para si mesmo. Essa negação juvenil, amor intenso, amizades eufóricas, sentimentos exagerados....
    E de um momento para o outro 'puf' você cresce, e ninguém te diz ou te explica como vão ser as coisas no mundo de gente grande. Ninguém disse como vão ser as amizades de agora em diante, ou as paixões, e os momentos de diversão. Não estou dizendo que vão ser coisas sem graça e sérias, mas serão diferentes de agora, e dá medo pensar que tudo vai mudar. Mesmo que seja uma mudança lenta e progressiva, mas ainda assim perceptível. Não é de se admirar que algumas pessoas tenham a famosa 'síndrome de Peter Pan', afinal quem quer crescer e ter responsabilidades e ter que abandonar a vida fácil de ser adolescente, de ser jovem ou de ser criança? 
      Tem que ter uma cabeça boa para entender essa mudança, uma base sólida, pais que estarão lá para te dar suporte e amigos que vão crescer junto contigo. A vida em si não fácil, engano de quem diz que é, pois o ser humano é complexo, é feito de carne, osso e sentimentos, e as coisas sempre tendem a se complicarem, e não nós. Eu acredito que todos querem coisas simples, e não complicadas, afinal, quem gosta de dores de cabeça? Ainda assim, é possível crescer sem sofrer tanto, pode parecer e é um clichê, mas temos que manter sempre acordada a nossa criança e adolescente interiores. Devemos nutrir nossas paixões infantis e juvenis, eu, sou apaixonada por aquelas bolinhas pula-pula, e Harry Potter, e sempre compro essas bolinhas e pinto as unhas com símbolos do HP, compro moletons, e leio os livros [ e também livros com estorias bobas de romance, é bom pra imaginação ]. E é também alimento algumas paixões de gente grande, eu me apaixonei por elefantes, eles são minha transição para minha vida de adulta, coleciono elefantes de cerâmica, e em pelúcia também, além disso construo aos poucos - e a cada compra - meu estilo de roupas, algo que não percebia e não sabia quando era mais jovem. 
   Crescer não é algo ruim, é amadurecer para dentro, firmar quem você realmente é, basta ter paciência para entender essa fase, para aprender a se livrar dos complexos, e aceitar quem você é. Afinal, você não conseguirá ser um bom adulto, se não souber quem você realmente é, e se aceitar como Deus te fez!

21 June 2013

Ideal

     Já estou pronta para ser crucificada, frita ou cozida viva, para me comerem crua e sem tempero... Porém vim dar minha opinião sobre a atual situação do nosso querido Brasil, o famoso gigante que acordou. 
      Em primeiro lugar, quero deixar bem claro que tudo que escreverei se trata apenas de minha opinião, do meu livre arbítrio de me expressar, e não represento ninguém [ já que  essa frase virou moda ].
   Bom, para um bom entendedor meia palavra basta, então muitos já devem ter percebido, ou suposto que sou contra essa situação. Posso ouvir, ou imaginar os pensamentos de vários ao lerem isso : '' Nossa!" ou " Meu Deus, como ela pode pensar assim? Ela não sabe que não são só 20 centavos?". Realmente, não são só 20 centavos, é a minha paciência, meu Facebook que agora está cheio de propagandas de artistas popzinhos [ e creio que fazem essa promoção apenas para se promoverem], o horário do meu trabalho é alterado por causa das manifestações, o meu tempo de leitura que diminui, e o assunto não muda!
Nada muda, os brasileiros vem fazer AGORA esse tipo de manifestação por 20 centavos?
E não venha me dizer que não são só vinte centavos por que são sim! 

    Onde estava o gigante adormecido quando o governo roubava MILHÕES - leia corretamente, milhões e não centavos - durante o mensalão, ou as ambulâncias sanguessugas, ou quando investiram outros milhões em estádios e não na educação ou na saúde? Onde estava esse povo que não foge à luta na hora de reivindicar seus direitos quando o sistema público de saúde brasileiro é tão falho? Onde estavam esses manifestantes todos esses anos de coisas erradas?
   Ficaram cansados de ver tanta palhaçada e resolveram agir?

   Os manifestantes que me perdoem, mas por favor! Votem certo! Votem em propostas corretas, e não em ideais ufanistas, utópicos, pois não vai haver - num futuro próximo - o fim da desigualdade social, o sistema de saúde público continuará ruim enquanto houverem pessoas pagando por particulares, pois  público é precário. As escolas particulares vão continuar existindo enquanto o ensino público não for decente. E eu nem vou entrar no mérito do ensino brasileiro para meu texto não ficar cansativo.
E de que adianta todos esses manifestos se a atitude do brasileiro não vai mudar? O brasileiro vai continuar furando fila, jogando lixo no chão, a não respeitar a vaga do idoso e deficiente físico, vandalizar quando o time ganha ou perde, não obedecer a leis do trânsito, não educar os filhos...
  É muito fácil compartilhar fotos no facebook, ir a um manifesto que virou modinha, mas na hora de fazer sua parte todos os dias, de ser um cidadão correto, de votar decentemente, de fazer valer os direitos do cidadão é mais fácil dizer que o Brasil é assim mesmo, fazer o que né?!

   O ideal seria abandonar o jeitinho brasileiro, a mentalidade de preguiçoso e conformado que nós somos, e procurar nos países - nos vários países desse planeta -, nos livros, filmes e em nós mesmos o ideal para o Brasil, e assim fazer nossa parte para construirmos um país melhor, não para as gerações futuras, mas para o nosso presente.