17 February 2017

Combo

       Boa tarde caros e caras, como vão todos ?

       Eu estou bem, sinceramente bem - animada até hehehe (só um pouco chateada pois o popcorn time não está funcionando direito e não consigo terminar de assistir ao ep3 da 7ª temporada de TWD - sim, eu estou uma temporada atrasada, eu sei, eu sei; mas já superei esse fato, e estou quase abstraindo o fato de não conseguir assistir TWD). Voltando ao fato que estou animada, meu coração está até disparado, vejam só! 
       Bem, não sei se vocês sabem, mas sou cristã. Tenho bastante fé em Deus, infelizmente me afasto de Deus às vezes - e quando isso acontece tudo dá errado na minha vida, absolutamente tudo! E tudo acontece de uma só vez, é horrível! Não estou que quando estou mais próxima de Cristo nada de ruim me acontece, pois enfrento batalhas do mesmo jeito, mas elas são mais fáceis de lidar pois estou em paz, e quando estou afastada de Cristo a paz some. Ultimamente tenho enfrentado algumas batalhas, e elas não tem sido nada fáceis, muito pelo contrário, essas batalhas tem consumido tudo o que eu sou. Tenho a terrível tendência a fica obcecada pelos meus problemas até que eles se resolvam, conforme cada uma vai se resolvendo fico mais leve e alegre - até minha pele fica mais viçosa. Toda vez que me afasto de Deus eu passo por um grande deserto, e esse deserto me leva para mais perto de Deus, faço várias orações, leitura bíblica... E é gostoso esse reaproximar, esse recomeço com Deus, aliás, acho que todos deveríamos ter alguns recomeços ao longo da vida. Mesmo com a reaproximação com Deus, ainda tenho surtos de ansiedade, de insegurança e acima de tudo medo, e eu garanto, ter medo é o pior sentimento que existe! 
       Será que algum dia eu conseguirei escrever um artigo sem divagar tanto? Enfim... Com todas essas batalhas, e aproximação com Deus, leituras bíblicas entre outros, percebi algumas coisas sobre mim que não eram legais. Já havia pensado sobre esses meus defeitos, mas nada concretizado ainda, e ontem, conversando com uma aluna a H, e em uma conversa diferente, com teor similar, com uma amiga MM (nome composto) algumas fichas caíram. Colegas! Essa semana tem sido de grandes revelações em minha vidinha, estou até meio zonza. Minha conversa com a H era sobre repetir comportamentos padrões, como os comportamentos de nossas mães. Todas nós falamos "jamais farei isso, quero ser totalmente diferente de minha mãe quando for minha vez", e temos a doce ilusão de que isso será verdadeiro; bom, pode se tornar, mas falarei sobre isso um pouco mais pra frente. Eu sempre disse que jamais seria como minha mãe em relacionamentos: dura, inflexível, possessiva, mandona e uma pessoa que impõe sua vontade, sem considerar o outro. E vejam só a ironia do destino: eu fiz exatamente isso! E não foi uma experiência agradável, pois acabou levando o melhor relacionamento que eu já tive pro brejo. Como isso doeu, perceber que havia caído em uma armadilha criada por mim mesma. 
       E é nesse momento que entra não somente a conversa com minha amiga MM, minha animação e Deus - "nossa! Quanta gente" você deve estar pensando, mas elas se complementam. Primeiro falarei da minha conversa com a MM, na verdade foi uma conversa via whatsapp, uma loonga conversa (a bonita me mandava áudios enormes! o menor deles tinha cerca de 7 minutos, e o maior tinha 16!!). Ela acabou de se casar, e começamos a falar sobre relacionamentos, não abri muito minha situação pois não achei necessário, falamos sobre mudanças, sobre orgulho e sobre o amor. Acredito que o ponto principal dessa conversa tenha sido o fato de que quebramos nosso orgulho quando gostamos de verdade de alguém (que fique bem claro, falávamos de nós duas, do que nós faríamos e não do que esperávamos do outro). Nós mudamos sem perceber pelo bem do relacionamento, tudo aquilo que dizíamos que nunca faríamos ou aceitaríamos caí por terra, e se torna um prazer fazer. Como já diria Paulo em 1 Coríntios 13.1-13 (farei um breve resumo) "ainda que falasse a língua dos anjos, sem amor nada seríamos; pois o amor é bondoso, paciente, tudo suporta, tudo crê, não busca seus interesses, é benigno, tudo sofre  e tudo espera". Essa passagem é linda, é extremamente forte, e extremamente esclarecedora. Deus entra nesse momento, na transformação, e no amor. Creio plenamente que foi Cristo quem deixou beeeem claro meu jeito errado de ser, pois até entrar em meu deserto eu achava que agia em certas coisas como minha mãe, mas que ainda assim era diferente. Achava isso pois durante um período pré-deserto eu era mais carinhosa e mais gentil, e aos poucos entrei numa fase em que fui horrível, grosseira, orgulhosa e arrogante com todos (como falado no artigo precedente), e logo após esse momento eu entrei no deserto, o tão dolorido deserto - que fique claro, eu mesma me coloquei na situação que estou hoje, ninguém colaborou, ninguém me fez sofrer, nem nada; eu de livre e espontânea burrice me coloquei nessa situação. E somente Deus sabe que faria de tudo para revertê-la. 
       Ao entrar no deserto eu comecei a ver algumas coisas, perceber algumas coisas que deveriam ser mudadas, já as tenho na minha mente, na teoria, o principal fato é que o combo dureza+inflexibilidade+orgulho+arrogância tem sido quebrados e se transformado em gentileza, carinho e compreensão. Isso é legal, fico tão animada quando consigo perceber meus erros, e ainda dá tempo de corrigir, afinal, não estou morta! Estou tão feliz por ter percebido agora, antes tarde do que nunca, algumas coisas que preciso mudar. E olha, é tão agradável poder mudar por algo que vale - ou valerá - a pena: um amor, um relacionamento. Estou ansiosa, num bom sentido, para colocar logo em prática tudo o que está borbulhando dentro de mim. Não sei exatamente como serão meus dias daqui pra frente, não sei o que o futuro me aguarda, mas sei que estou com um brilho diferente nos olhos, com um ritmo novo no coração e uma vontade absurda de mostrar que mudar pode ser prazeroso, e isso é possível, mudar sem nada exigir, mas sim por valer a pena, por ser bom. Ainda tenho muito o que evoluir em quanto ser humano, creio que morrerei e ainda terei muito o que mudar, mas posso me contentar com o que consegui por enquanto.

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