16 November 2016

Brecha

       Bom dia caros e caras, espero encontrá-los bem. 
       Confesso que hoje não é um bom começo de dia - mas tenho fé que meu dia terminará muito bem - positividade sempre! Meu dia não começou bem pois, infelizmente caí - novamente - em minhas próprias armadilhas. Sim, eu sei, é ridículo cair em armadilhas feitas pela própria cabeça, pior ainda quando já sabemos que nossa mente é propensa a armar certas emboscadas. Sei o que você deve pensar nesse exato momento "incoerente esses pensamentos/atitudes fofa!" - leia o 'fofa' de forma irônica, por favor.  
       Meu último artigo foi sobre projeções, e minha incrível capacidade de projetar nas pessoas meus erros e frustrações passadas. Para que não haja dúvidas: essas projeções se limitam apenas a meus relacionamentos. Acredite, isso é horrível! Meu último relacionamento começou em abril, e ele apenas sumiu, sem dar explicações - foi terrível! Sofri muito, mas muito mesmo! Fiquei traumatizada, admito - e aí que mora o perigo! Nesse relacionamento, com o A - para ficar mais fácil a identificação haha, eu acabei projetando algumas inseguranças do relacionamento anterior, receio de não ser boa o suficiente, de ter que novamente me despersonalizar e jamais estar à altura de alguém; era um relacionamento tóxico, ele me ridicularizava em tudo. Projetei isso no relacionamento com o A; respirava a insegurança, e medo e afins. Nunca brigamos, ficamos juntos por cerca de 3 meses juntos, e nunca brigamos - te juro! E do dia para a noite, sem o menor sinal - ou explicação ele sumiu. Não tive nem uma explicação, uma despedida, nada. 
       Apesar de ter recuperado minha autoconfiança, fiquei despedaçada por dentro. Com medo de ser abandonada novamente, por um sim ou por um não. Talvez isso seja pior do que um relacionamento tóxico, pois essa experiência de abandono é a pior que já passei na vida! A sensação é indescritível, o medo se torna constante. Péssimo, horrendo, deplorável! E veja a ironia do destino: recentemente comecei um novo relacionamento. ( momento confissão : tenho pesadelos dele me abandonar sem mais nem menos, tremo sempre que penso em uma palavra errada que eu possa ter dito, entro em pânico quando brigamos. ) A maior parte de nossos desentendimentos é por besteira, ainda estou aprendendo a lidar com ele, com sua personalidade. Reconheço que ele é o rapaz mais diferente, em um bom sentido, de todos os que conheci. Ele me desafia constantemente, não consigo desvendá-lo - e isso é fantástico, pois geralmente eu desvendo as pessoas, principalmente namorados fácil e rapidamente. 
       Acredito piamente que ele tem um potencial enorme para ser um namorado excelente, o melhor dos namorados! Ele é extremamente carinhoso e gentil comigo, extremamente atencioso e cheiroso. Francamente, ele é ótimo. Tenho uma 'intuição feminina' de que isso é só o pico do iceberg e ele tem muito mais a demonstrar e a dar como namorado. Acredito que ele, assim como eu, também sofreu algumas decepções e está se resguardando. Afinal, eu sei que estou me protegendo um pouco. Claro que tenho diversos momentos que baixo minha guarda, deixo a boa namorada que posso ser aflorar, e ela vem com tudo. Porém, o sentimento de medo sempre encontra uma brecha para aparecer. 
       E nesse segundo eu coloco tudo a perder. E é aí que eu vejo minha projeção, meu erro, minha estupidez, convenhamos. É quase trágico, torna-se trágico se não tem mais conserto, segunda chance, recomeço; porém se me é dada a nova oportunidade, tudo fica bem! Sei que aprendi minha lição, sei que não cometerei o mesmo erro novamente. Pararei de projetar  nele a minha desconfiança, e sim poderei confiar em dias melhores e certeiros, uma vez que fazendo uma boa análise do relacionamento ele jamais me deu motivos para desconfiança. Sabe, caro e cara leitor(a), infelizmente precisamos nos encontrar em uma situação quase extrema para perceber determinadas coisas. Vejamos pelo lado positivo : ao menos eu percebi. 
       Agora basta não cometer mais a projeção, confiar no futuro, e torcer para que tudo fique
bem.

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